03 maio 2016

SOBRE A RESSURREIÇÃO DO MALANGATANA E TUDO AQUILO QUE SUSCITA A INDIGNAÇÃO DESDENHOSA DAS REDES SOCIAIS

Todos os dias aparecerão uma, duas ou três galgas em notícias relevantes dos órgãos de informação portugueses. Tanta é a regularidade que o maior ou menor destaque que é dado a essas galgas pelas redes sociais dirá mais sobre as competências dos observadores que por aí militam do que sobre a incompetência (reconhecida, apenas não assumida) dos jornalistas. O Expresso, também pelo seu pretensiosismo, é uma vítima apetecível, e quando se atreve a ressuscitar Malangatana do além para que ele se possa encontrar com Marcelo Rebelo de Sousa quando da sua próxima visita a Moçambique (acima), a galga é pretexto para um festival de comentários depreciativos que li por aí. Mas, se a propósito da mesma visita, o Diário de Notícias coloca o mesmo Marcelo a bordo de um avião que a TAP nem sequer possui (o A-380, numa notícia de hoje) já o reconhecimento da galga se circunscreve a um núcleo bem menor e bem menos exuberante de observadores. Se calhar é porque o conhecimento sobre modelos da aviação comercial é um hobby que se revestirá de algum carácter científico e não tanto artístico... Ou porque Marcelo há de aterrar em Maputo seja qual for o avião em que viajar - só que, se for um A-380 não será da TAP e se for da TAP não será um A-380. E com o Malangatana é que não se encontrará de certeza. Mas uma realidade prosaica no fim de toda esta história é que, se o jornalismo se mostrou ignorante em qualquer dos dois erros, desconfio que a tal facção mais exuberante das redes sociais nem terá dado por este segundo...

3 comentários:

  1. Eu não percebo de aviões (já nem de carros, dos quais também nunca fui grande conhecedor) e essa nota - apesar do meu fel vertido a propósito da ressureição - teria que me escapar. Ainda bem que há um herdeiro de Aécio ...

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  2. Pois... A TAP tem: A319/320/321/330/340... em encomenda 350.

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  3. Só aqui entre nós, os poucos cuscos que têm curiosidade de vir às caixas de comentários, as galgas são tão flagrantes e tão despropositadas que me pergunto se não terá sido o próprio Marcelo a pregar uma ou duas partidas aos jornalistas que o acompanham...

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