19 março 2016

O QUASE AFUNDAMENTO DO USS FRANKLIN

A 19 de Março de 1945 (completa-se hoje o 71º aniversário), quando navegava a cerca de 100 km das costas japonesas, onde os seus aviões haviam realizado um raid aéreo contra o porto de Kobe, coube ao porta-aviões norte-americano USS Franklin a oportunidade de sofrer por sua vez um contra-ataque da aviação japonesa. Surpreendido por um céu encoberto e um avião solitário, o navio foi atingido inesperadamente com duas potentes bombas de 250 kg cujas explosões foram ampliadas pelo combustível das operações de reabastecimento que estavam então em curso e posteriormente com as detonações das bombas dos aparelhos a bordo.
Mas, apesar dos cerca de 800 mortos e quase 500 feridos (numa tripulação próxima dos 2.600), a história termina com um final feliz, com o USS Franklin a manter-se a flutuar apesar dos efeitos devastadores das explosões, que o fizeram mesmo adornar 13º para estibordo. Os britânicos, aqui representados pela British Pathé, fizeram valer a sua reputação única de, para efeitos de propaganda, conseguirem transformar quaisquer desastres militares em acontecimentos épicos. Até o capitão do navio, Leslie E. Gehres, com uma conduta controversa durante o incidente (e a quem a US Navy não confiará mais nenhum navio...), aparece retratado como um herói.

Mais do que a sua (fraca) qualidade, as duas fotografias acima têm a característica comum de terem sido retiradas daquelas compilações enciclopédicas e profusamente ilustradas sobre a Segunda Guerra Mundial que fizeram as delícias da minha juventude.

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