07 julho 2015

UM HOMEM COM FUTURO E UMA ORGANIZAÇÃO SEM ELE

Ver o secretário de Estado dos Transportes, Sérgio Monteiro, a ufanar-se para os jornais por concluir uma negociação que sempre fora considerada urgente¹ depois de quatro(!) anos a ocupar a pasta governamental é ridículo (governo fecha primeira renegociação das PPP para a semana). E o ridículo da cena só se acentua quando a mesma comunicação social transmite a impressão que é o Tribunal de Contas a denunciar a incompetência governamental no lugar da oposição (Tribunal de Contas acusa governo de inércia na renegociação de PPP). A não ser que, no caso do PS, isso seja uma posição de fundo e por lá se subscreva ainda a posição do antecessor de Monteiro, Paulo Campos, quando em 2011 ainda defendia que as PPP não representaram um euro de encargos para o Estado. Se não for isso, convinha ver o que é que está a correr mal lá pelo Largo do Rato... Olhem! Prometam que, na próxima legislatura, fazem precisamente ao contrário destes que lá estão: reduzem em 10% logo em 2015 as prestações com as PPP enquanto renegoceiam calmamente até 2019 as supressões dos subsídios de férias nos salários e nas pensões...

¹ Segundo as informações disponibilizadas em 2011 quando o actual governo tomou posse, os encargos com as PPP iriam subir exponencialmente até 2013 e atingir um valor máximo em 2015, ou seja: este ano. É só a mim que me dá o aspecto que se andou a empurrar o assunto com a barriga até ser tarde demais (mas ainda a tempo do calendário eleitoral)?

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