17 abril 2014

O CAROÇO DO PÊSSEGO DE TUXEDO

A história intitula-se A Chama Verde do Conquistador (La Flamme Verte du Conquistador no original, Hermann & Greg – 1974), o herói é Bernard Prince e passa-se num país da América Latina não designado (bem poderá ser uma Colômbia de antes da prosperidade da cocaína) onde se chocam nas gerações de uma mesma família de origem europeia duas concepções de alcançar a prosperidade: a do café que ali atraíra os europeus no Século XIX e XX ou as esmeraldas que os atraíra originalmente no Século XVI e XVII. Mas a personagem central dos acontecimentos é um vilão de impecáveis ascendências ameríndias denominado Tuxedo, a que o smoking que enverga como fato de trabalho confere um ar falsamente burlesco. E há a cena que quero realçar (abaixo), quase cinematográfica, na forma como, sem a subtileza que pretende demonstrar e com os seus dentes cariados, ele ataca gulosamente o coração de um pêssego e o cospe, ao caroço, prometendo um destino fatal aos seus arqui-inimigos e heróis do leitor da história.

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