10 dezembro 2013

O PASSADO E O FUTURO DA AMÉRICA


Enquanto todo o jornalismo nacional e internacional pretende atribuir um significado quase transcendental ao aperto de mão dado por Barack Obama a Raúl Castro nas cerimónias do funeral de Nelson Mandela, suspeito que o momento que poderá ter mais simbolismo para o futuro é aquele que se segue, com os beijos trocados entre Obama e Dilma Rousseff. Em vias de deixar paulatinamente de o ser, Cuba nunca foi muito mais do que um incómodo num Hemisfério que os Estados Unidos de há muito consideram seu. E, com a mesma discricionariedade, o Brasil tende a tornar-se numa potência capaz de condicionar o exercício dessa propriedade na metade meridional do Hemisfério que eles, por sua vez, consideram muito mais sua do que dos norte-americanos.

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