11 julho 2013

DESVENTURAS DE FRANGOS QUE VIVERAM A REVOLUÇÃO CULTURAL

Ao traduzir uma daquelas notícias pitorescas que nos dá conta que na China fora detectada uma rede de venda de frangos cujo prazo de validade dos produtos fora ultrapassado há 46 anos(!), ao jornalista-tradutor escapou-se-lhe parte substancial do interessante do episódio: as coxas e outras partes de frango ainda hoje comercializadas perderam a sua validade em pleno apogeu da Revolução Cultural (1967). Hoje já não se sabe se a Revolução Cultural alguma vez teve validade, quanto mais prazo de prescrição, mas pode dizer-se que se trata de partes de frango que transportam consigo não só um peso histórico, como a sabedoria, em formato de livro vermelho gastronómico (acima), dos ensinamentos do camarada Mao Zedong. Haverá no armazém agora descoberto pela ASAE local moelas de um maoismo mais genuíno do que qualquer discurso do actual presidente da Comissão Europeia

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