26 junho 2013

UM PAÍS DO CARAGO

A Austrália é um país longínquo e bizarro. Imagine-se que por lá os primeiros-ministros podem perder a liderança numa votação interna dos órgãos colegiais superiores do seu partido! Como se entre nós, Rui Rio inconformado com Pedro Passos Coelho o desafiasse numa votação do conselho nacional do PSD e ganhasse… Provando quanto a Austrália pertence a uma outra civilização que não a nossa, aprecie-se este extracto de um programa televisivo matinal lá dos antípodas, onde se hesita quanto ao idioma nacional do Brasil e se explica que do caralho é uma expressão de satisfação nesse idioma mas sem se dar mostras de inquirir qual possa ser o significado literal da expressão. Possivelmente será porque aquelas paragens não se devem explorar a fundo as capacidades do dito

3 comentários:

  1. Creio que sucessos deste género valem muito pouco, para não dizer mesmo nada. Estes apenas demonstram ignorância atroz de quem os comete - e, vá lá, que o apresentador no final confessou ter sido ludibriado e por isso pediu desculpas - e não são merecedores de qualquer outra leitura ou importância, e muito menos daquela que um certo complexo de inferioridade luso - que entre nós está arraigado e se arrasta desde os tempos dos estrangeirados do Marquês de Pombal - lhes pretende dar. De resto, julgo que ninguém na Austrália pestanejaria sequer se num qualquer programa da manhã de uma televisão portuguesa porventura alguém aparecesse a afirmar que nesse país se fala romeno ou a dizer qualquer outra coisa disparatada desse género.

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  2. Não sei se me terei explicado bem, mas o meu ponto não é de maneira nenhuma manifestar-me ultrajado pela ignorância daqueles convidados do programa australiano.

    Em primeiro lugar porque, considerando que existiu ofensa, ela se dirigiria aos brasileiros. Em segundo lugar porque os programas da manhã são, na sua imbecilidade que não pode ofender ninguém, os mesmos por todo o Mundo - pense-se na Júlia e no Goucha.

    O que quis destacar foi o carácter alienígena da Austrália com os seus marsupiais, as suas vedetas de tv que dizem palavrões em línguas exóticas, os seus primeiros-ministros que são depostos pelo partido quando este se apercebe que o estão a conduzir para uma estrondosa derrota eleitoral...

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  3. Caro A. Teixeira, explicou-se bem e eu percebi-o. O meu comentário foi feito em termos genéricos, e não a pensar especificamente em si.

    Quanto ao mais, cem por cento de acordo consigo quanto ao carácter alienígena da Austrália: um país que na sua fauna conta com o ornitorrinco - essa estranha mistura de um pato com um castor -, merece bem tal qualificação.

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