21 maio 2013

QUEM VÊ CARAS NÃO VÊ CORAÇÕES

As manifestações de júbilo com a vitória da Segunda Guerra Mundial em princípios de Maio de 1945 (acima) não mostravam quais eram os pensamentos mais profundos dos britânicos: nas eleições que vieram a ter lugar daí por dois meses os conservadores de Winston Churchill foram severamente derrotados pelos trabalhistas de Clement Attlee. Contando com a popularidade do primeiro-ministro, nem trabalhistas nem liberais apresentaram candidato no círculo eleitoral por onde Churchill se apresentou. Mesmo assim, Hancock, o único candidato independente que concorria contra Churchill e que preconizava uma semana de trabalho de um dia, recebeu 10.488 votos contra os 27.688 do primeiro-ministro. Significativamente houve outros 20.000 eleitores do círculo que não votaram. A propaganda não o permitia dizer então, a História oficial não o pretenderá reconhecer hoje, mas parecia haver uma inconfessável saturação por todo o Reino Unido com a pessoa de Churchill. Veja-se que, dali por 6 anos e já com um opositor trabalhista, Hancock tornou a desafiar o líder conservador e recebeu uns meros 851 votos contra 40.938 de Churchill...

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