25 maio 2012

AS «RIVAIS»

Em 2007, Ségolène Royal (acima, à esquerda) concorreu e perdeu as eleições presidenciais francesas contra Nicolas Sarkozy. Um mês depois da derrota, escassos dias depois das eleições legislativas que se seguiram, Ségolène Royal anunciou publicamente haver tomado a iniciativa de se separar de François Hollande, encerrando um certo género de especulações sobre a sua vida conjugal, mas abrindo espaço a um outro género de especulações sobre qual teria sido a sua atitude se ela tivesse ganho as eleições… Cinco anos depois é François Hollande que concorre e ganha as eleições presidenciais francesas contra Nicolas Sarkozy. Será apenas humano supor que, para François Hollande, esta sua vitória tenha tido mais do que um sabor especial. E todavia, as associações do candidato em campanha com a sua ex-companheira foram cuidadosamente negociadas e monitorizadas pelos respectivos staffs. Ninguém se lembrou, na hora da vitória de Hollande, de mandar um remoque em jeito de desforra à dor de cotovelo de Ségolène Royal. Segundo as notícias postas a correr, estandartizadas, ela estava felicíssima

Poucas semanas passadas, a felicidade de Ségolène parece estar a transbordar. Na imprensa francesa podem-se ler notícias recorrentes sobre os ciúmes exagerados que Valérie Trierweiler (acima, à direita), a nova companheira de François Hollande, dedicará a Ségolène Royal. A notícia e o enredo associado é uma daquelas que dará ao povo precisamente aquilo de que o povo gosta, mas vale a pena perguntarmo-nos a quem é que convirá a publicidade que lhe está associada... Aí, os indícios apontam todos para Ségolène Royal. Não é apenas a redacção (típica de informação plantada) das várias notícias, que tornam que seja sempre Valérie Trierweiler o objecto da troça: numa delas, revela-se que na visita recente à Casa Branca ela teria sido tratada por First Girlfriend – mas esquecendo-se que Hollande e Royal também nunca foram casados… É constatar que, sem estes pormenores, que bem poderiam ser cantados por Mónica Sintra (abaixo), Ségolène Royal é uma eminência socialista que vale apenas uma fracção ínfima do peso de uma Martine Aubry – que não consta que já tivesse dormido com o presidente…

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