10 fevereiro 2012

OPERÁRIOS, CAMPONESES, SOLDADOS E MARINHEIROS

É possível que já me tenha referido ao tema no blogue. Mas quando Pedro Santana Lopes atirou na cara de Fernando Rosas a sua condição de antiga vanguarda esclarecida dos tempos do PREC é impossível não nos recordarmos o quão obtusas eram afinal as vanguardas desse período, a ponto de usarem o linguajar apodrecido da Revolução de 1917 (acima: Operários e Camponeses, Soldados e Marinheiros, Unidos Venceremos!) mas sem se aperceberem o que as sociedades haviam evoluído nesses 57 ou 58 anos.
Eles eram murais e manifestações e cartazes apelando a operários e camponeses (acima), que esqueciam a importância crescente do sector terciário, o dos serviços, que já então representava mais de um terço de todos os trabalhadores portugueses… Ou então eram canções e discos dedicados aos soldados e marinheiros (abaixo) de exércitos e armadas de uma outra era, antes do aparecimento da aviação e da constituição da Força Aérea como um terceiro ramo autónomo das Forças Armadas…