23 janeiro 2012

A CAPACIDADE DE CONTÁGIO DO RISO REPRIMIDO

The Carol Burnett Show foi uma série televisiva cómica de variedades que se prolongou por 11 anos (1967-1978) na televisão norte-americana (CBS). Nunca terá tido uma especial popularidade fora do país de origem (significativamente, além da naturalmente escrita em inglês, há apenas mais uma entrada na Wikipedia em holandês a respeito da série), mas o processo como o programa era gravado tornou-o uma verdadeira mina daquilo que se costuma designar por bloopers: erros técnicos ou artísticos que acabam por estragar a gravação da cena… ou torná-la cómica. Esses inúmeros bloopers tornaram a série popular posteriormente, mas de uma forma completamente distinta da original.

De facto, por imperativos de produção todas as cenas eram gravadas duas e apenas duas vezes. Se uma fala tivesse saído mal ao actor nas duas gravações, optava-se pela menos má… A contrapartida era que os actores, se sentissem que a primeira gravação fora satisfatória, se sentiam descontraídos para adicionar buchas e apartes à segunda, o que podia ter efeitos arrasadores… Abaixo, nem valerá a pena perceber a história que Tim Conway está a tentar contar, um disparate sobre um par de elefantes siameses que trabalhavam num circo e que estavam ligados pela tromba… O que se torna contagioso e ultrapassa idiomas é a repressão do riso dos seus companheiros de cena até à explosão final…

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