10 setembro 2011

TUNGA, O ANACRONISMO EM BANDA DESENHADA

A etiqueta BD aqui do lado tem 127 entradas. As vezes que aqui terei escrito sobre o tema, tê-lo-ei feito na esmagadora maioria das vezes com a mesma bonomia (nostálgica) da infância e juventude quando fui um feroz entusiasta daquela forma de expressão artística. Mas vou aqui abrir uma excepção para Tunga, um herói da escola franco-belga da autoria de Édouard Aidans. Foi herói que nunca gozou das minhas simpatias e a relação só piorou à medida que me ia apercebendo dos anacronismos que as suas histórias continham.
Em síntese, Tunga é um guerreiro do Paleolítico Superior, segundo se depreende pelo seu equipamento. A sua aparência permite classificá-lo como pertencendo à espécie Homo Sapiens Sapiens e à raça caucasiana o que permite situar as suas aventuras numa região compreendida entre a Europa, o Norte de África e o Médio Oriente nos 30.000 anos que medeiam entre 40.000 a.C e 10.000 a.C. A aparição de tigres-dente-de-sabre (extintos há 11.000 anos) e de mamutes (há 12.000 anos) nas suas aventuras corrobora isso.
E depois há os anacronismos, que são maiores do que os mamutes! Tunga confronta-se com Triceratops e outros dinossauros que se extinguiram no final do Cretáceo, 65 milhões de anos antes… Ou então, há uma apreciável percentagem dos companheiros de Tunga que são louros, uma mutação genética da população europeia muito recente (em termos relativos…) que terá tido lugar entre populações nórdicas, em regiões que durante aqueles milénios estiveram quase sempre cobertas por gelo - comparem-se os dois mapas abaixo…

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