06 junho 2011

JÁ NÃO SÃO SÓ OS COMISSÁRIOS A DESAPARECEREM…

Sarah Palin, só por desenvolver actividade política ao nível em que o faz, torna-se numa questão política permanente: será que deveremos aproveitar os privilégios da democracia para eleger os candidatos mais habilitados ou deveríamos escolher antes aqueles que nos estão mais próximos, no fundo aqueles que sentimos que mais se assemelham a nós? Sarah Palin é daqueles políticos que não parece habilitada para exercer seja que cargo for, mas é extremamente popular. Quanto à solidez dos seus conhecimentos, ficou famosa a referência ao seu equívoco – energicamente desmentido! – de julgar que a África do Sul era um dos estados (o meridional, provavelmente…) de um país chamado… África.

Depois da Geografia, há uns dias atrás Sarah Palin mostrou a sua solidez em História, ao narrar as façanhas de Paul Revere, um dos heróis da Guerra de Independência dos Estados Unidos, de uma forma criativamente própria (acima). Quase toda¹ a comunicação social reagiu em bloco como tradicionalmente o faz nestes casos, troçando com a ignorância da autora da gaffe, mas o inédito da situação é a batalha que se está a travar na página da Wikipedia dedicada a Paul Revere, com sucessivas incursões de simpatizantes de Sarah Palin a tentarem alterar a redacção do episódio da cavalgada do herói por forma a que ela se torne compatível com a atabalhoada explicação dada por ela.

¹ Nas páginas on-line da Fox News, tradicionalmente próxima das posições políticas de Sarah Palin, afixam-se as imagens da sua explicação mas sem quaisquer comentários adicionais…

Adenda: Uma boa analogia da História de Portugal ao disparate proferido por Sarah Palin é a de considerar que, por ocasião da conquista de Lisboa aos mouros, Martim Moniz se havia deixado entalar numa das portas do castelo para que os mouros fizessem uma sortida

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