05 abril 2011

A DISPUTA DA PRESIDÊNCIA MARFINESA

Os acontecimentos dos últimos seis meses da Costa do Marfim, têm uma História anterior que não é nada simples, mas a história da Costa do Marfim a partir dessa data pode ser contada de forma jornalisticamente simplificada para benefícios dos leitores. Realizaram-se umas eleições presidenciais naquele país em 31 de Outubro de 2010. Tratou-se até daquelas eleições sofisticadas, das que precisam de uma segunda volta para apurar um vencedor absoluto – que teve lugar a 28 de Novembro seguinte. Com o escrutínio deste segundo acto eleitoral, a história ganhou uma dimensão humana: passou a haver um bom e um mau. O bom é o candidato Alassane Ouattara (acima), aquele que a maioria dos escrutinadores e os observadores internacionais encarregues de acompanhar o processo eleitoral deram como vencedor das eleições. O mau é o presidente Laurent Gbagbo (abaixo), mas a polícia e o exército marfinenses acham que foi ele que ganhou as eleições – opiniões sempre a levar em consideraçãoA ONU e a comunidade internacional sempre tratou Ouattara como se a razão lhe pertencesse mas pouco mais. Os atributos de poder na capital em Abidjan permaneceram nas mãos de Gbagbo. Percebe-se agora que durante estes últimos meses Ouattara esteve a financiar-se para formar um exército rebelde que passou à ofensiva há uns dias. Esta história faz-me lembrar Astérix na Córsega e o peculiar sistema eleitoral que é lá explicado (abaixo): primeiro enchem-se as urnas e depois é o mais forte que ganha

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