19 novembro 2010

JAYNE MANSFIELD, UMA «MARYLIN MONROE» EXCESSIVA

Já aqui aparecera uma fotografia dela, por ocasião de um poste a respeito de olhares oblíquos, contracenando com Sophia Loren, mas Jayne Mansfield (1933-1967) merece um poste a seu respeito que seja profusamente ilustrado…
Como já aqui havia escrito a propósito da estandartização da beleza feminina (no caso, dos padrões franceses dos anos 60, inspirados em Brigitte Bardot), Jayne Mansfield é um exemplar dos padrões de beleza norte-americanos dos anos 50.
O expoente dessa época foi indiscutivelmente Marylin Monroe, mas assistiu-se naquela época à multiplicação de louras platinadas de formas acentuadas e opulentas, designadas colectivamente por bombshells, lote onde se incluía Jayne Mansfield.
Porém, Jayne não se comparava a Marylin. Podia copiá-la, adoptar o mesmo tipo de voz mas não tinha a mesmas capacidades de representação e usava a sua figura, igualmente vistosa, de uma forma ainda mais óbvia, que chegava a roçar a grosseria...
Os vestidos com decotes generosíssimos e com alças que caíam produziam essa imagem e podiam tornar-se pretexto para trocadilhos divertidos. Mickey Rooney, na situação da fotografia acima, perguntava: - Quem é que (nesta situação) quer ser (mais) alto?...
Mas também era muito fácil que o humor e as alusões à sua silhueta descambassem e que ela pudesse ser apresentada (como foi…) num programa de televisão da seguinte forma: - Senhoras e senhores, aqui estão elas, Miss Jayne Mansfield!...
Mas a fotografia de Jayne Mansfield que prefiro é esta acima, onde ela aparece a tocar violino e se fica à espera que os cães desatem a uivar, numa reacção animalesca, como nos cartoons, não ao som do instrumento mas à sensualidade ostensiva da violinista…

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