16 setembro 2010

A MÚSICA DO FUNERAL DA OUTRA MARIA STUART

A mais famosa Rainha Maria Stuart é a da Escócia (1542-1587), prima e rival de Isabel Tudor pelo trono de Inglaterra, tornada campeã da causa católica e mártir dessa causa. Quase ninguém se lembra da sua trineta e homónima, que reinou na Inglaterra e Escócia com o nome de Maria II (1662-1694), uma infeliz que casou aos 15 anos com um primo direito (Guilherme de Orange) e que foi um joguete, desta vez usado pela causa protestante para depor o Rei legítimo, o seu pai Jaime II (1633-1701), que entretanto se havia convertido ao catolicismo, numa sucessão de acontecimentos a que a facção protestante vitoriosa conseguiu fazer colar o nome de Revolução Gloriosa.
Maria morreu aos 32 anos de varíola sem descendência. Sendo co-reinante com o marido e primo Guilherme III, a sua actuação durante o seu curto reinado de cinco anos (1689-1694) foi muito discreta. Porém, assim como Tutankhamon se tornou num dos faraós mais conhecidos apenas por ter morrido e ter sido enterrado, um dos aspectos mais conhecidos do reinado de Maria II acabou por ser o da música do seu funeral, composta expressamente para aquela ocasião pelo compositor barroco Henry Purcell (acima) e popularizada 277 anos mais tarde numa versão tecno na abertura do filme Laranja Mecânica

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