22 junho 2010

OS MERCEDES QUE SE CHAMAM ASSIM POR CAUSA DA MERCEDES QUE AFINAL NÃO SE CHAMAVA ASSIM

Há uma história, relativamente pouco conhecida, associada às origens da marca Mercedes-Benz e que pretende explicar a razão pela qual a marca ficou com aquele nome: foi um empresário e diplomata austro-húngaro de origem judaica chamado Emil Jellinek que, por volta de 1900, terá sugerido ao então fabricante automóvel DMG (Daimler Motoren Gesellschaft) que desse a denominação comercial de Mercedes a uma das suas viaturas, em alusão ao nome da sua própria filha Mercedes. A viatura assim baptizada tornou-se um sucesso comercial. Mais tarde, quando em 1926 a DMG se veio a fundir com a Benz & Cie, o prestígio da gama Mercedes já era suficientemente grande para que a designação comercial das viaturas da nova construtora (a Daimler-Benz) fosse preservada como Mercedes-Benz.

A história é engraçada mas, quem a conhece, não costuma saber quanto ela está retocada, qual artigo de jornal ou argumento de filme de Hollywood. Emil Jellinek era o concessionário da DMG em Nice, na Côte d´Azur francesa, local de concentração dos ricos, potenciais clientes de automóveis. Em 1900, Jellinek respondia por 25% das vendas da marca – 36 automóveis! – e as suas sugestões tinham uma grande importância na sede em Estugarda. Quanto à sua famosa filha Mercedes… afinal não se chamava Mercedes. Chamava-se Adriana Manuela Ramona Jellinek (abaixo) e passara a usar esse nome de alcunha (qual Lili ou Cinha…) em alusão, numa daquelas atitudes tão chiques quanto possidónias das socialites, a uma verdadeira Mercedes, María de las Mercedes de Borbón y Habsburgo-Lorena, Infanta de Espanha.

5 comentários:

  1. Que mau gosto!
    Ramona-Benz teria sido um sucesso, pelo menos em Portugal...

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  2. 01-Para além da história pitoresca do nome "Mercedes", o post aflora o proceso de fusão, concentração, na indústria ligeira, metalomecânica, no sector automóvel.

    02-O processo de fusão, concentração e o seu inverso da separação, fraccionamento, continua a manifestar-se, em particular no sector automóvel.

    03-Se na Europa parece prevalecer o movimento de concentração, nos USA desenha-se um movimento de sentido contrário, vide a alienação de participações americanas na Volvo e na Opel.

    04-Qual o significado de desta diferenciação de movimentos?

    05-A minha hipótese de trabalho, fortalecida pela intervenção de Obama, na GM-General Motors, é que o capitalismo americano entrou numa nova fase, e, deixou de prevalecer a Gestão na Verticalização.

    Gestão e Modo de Produção marcham interligadas.

    06- Esta pista, a investigar, colide com a Ortodoxia.

    Persiste nos meios maximalistas e também imobilistas, a ideia que, continuando o Capitalismo, o Modo de Produção Capitalista, a prevalecer, não há alterações a registar, e que os Modelos Sociais Associados se devem manter, tal como desenhados na década de 60.

    Os Modelos Sociuais não se podem dissociar do Modo de Operação daquilo a que chamamos "Modo de Produção".

    Saudações Amistosas de

    ACÁCIO LIMA

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  3. Não deixo de lhe dar uma certa razão Impaciente, quanto ao sucesso da designação alternativa que escolheu. Mas Ramona-Benz far-me-ia pensar mais na divisão de Veículos Pesados, de preferência daqueles de caixa fechada…

    É mesmo só afloramento Acácio. Mas já aqui falei do processo de intervenção estatal na General Motors e de algumas contradições ideológicas associadas a essa intervenção. (http://herdeirodeaecio.blogspot.com/2009/03/conversas-economicas-sobre-enfeites-de.html)

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  4. MUITO OBRIGADO PELA PISTA DO POST ANTIGO, SOBRE UMATEMA RELEVANTE; A INTERVENÇÃO DE OBAMA NA GM.- GENERAL MOTORS.

    APANHAR O ELÉCTRICO EM MOVIMENTO ´
    E SEMPRTE COMPLICADO.

    TENHO DE FAZER "HORAS EXTRA" PARA LER OS POST DO "HERDEIRO DE AÉCIO".
    SAUADAÇÕES AMISTOSAS DE

    ACÁCIO LIMA

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  5. Por ter falado em humor num comentário a um poste mais acima, deixe-me preveni-lo, Acácio, que não lhe posso pagar as "Horas Extra"...

    Muito antes do Passos Coelho falar disso, já este blogue estava em contenção de despesas e fazia orçamentos de base zero - um método que foi originalmente criado no período da Administração Carter (1977-81)...

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