27 maio 2010

UMA MODERNA HISTÓRIA DE PRINCESAS

O Príncipe André, segundo filho de Isabel II, e Sarah Ferguson casaram-se em mais um casamento do século em 1986. Associado à cerimónia, André e a esposa receberam da Rainha o título de Duques de York. À semelhança da cunhada Diana, a imprensa popular tablóide também adoptara a Duquesa dando-lhe a simpática alcunha de Fergie. Mas, depois de seis anos e duas filhas, o seu casamento atravessava aquilo que a imprensa britânica, ainda colaborante, costuma designar por dificuldades. Em Janeiro de 1992, o casal havia anunciado que se iria separar.
Foi em Agosto de 1992 que rebentou a bomba no Daily Mirror (acima). Não foi a primeira vez que um paparazzo viu a sua persistência recompensada, mas o conjunto de fotografias que o jornal publicou é considerado um dos mais conseguidos da história da actividade. A que se impôs naquele lote foi a de baixo, em que o companheiro de Sarah – um americano chamado John Bryan – lhe chuparia o dedão do pé enquanto o Sol da Riviera francesa fazia reluzir a sua careca e bronzeava um pouco mais as mamas da Duquesa que fazia topless à borda da piscina...
O ridículo da situação pesou de forma desfavorável junto da Casa Real de e na imagem pública de Sarah Ferguson e, depois de quatro anos de separação oficial, os Duques divorciaram-se em 1996. Mas eu não a teria escolhido para tema deste poste não se tivesse ela metido novamente em sarilhos com outro jornal tablóide, o News of the World (NoW, abaixo). Sinal dos tempos, já não se trata de fotografias, mas de um vídeo em que se pode ver a Duquesa numa entrevista, já um bocado entornada, a prometer, por meio milhão de libras, o acesso ao seu ex-marido.
O NoW é conhecido por esta prática jornalística de forçar a notícia: foi um jornalista seu que, disfarçado de empresário, abordou Sarah mostrando-se interessado em comprar a sua influência junto de André. É um processo de uma deontologia mais do que duvidosa e que nem sequer procura justiça. No caso, mais do que venal, Sarah mostra ser gananciosa e estúpida, ao nem se perguntar por que razão alguém se disporia a pagar-lhe tanto dinheiro pelo contacto com quem tem um cargo sobretudo protocolar e que, como a própria reconhece, nem sequer é corruptível…

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