19 maio 2010

A CAMPÂNULA INVISIVEL

Fernando Pessoa escreveu que todas as cartas de amor são ridículas; que não seriam cartas de amor se não fossem ridículas. Eu acrescentaria que muitas músicas românticas são pirosas e que não seriam românticas se não fossem pirosas. O que se poderia evitar é que os seus videoclips não as tornassem ridículos como as cartas de amor. Os dois exemplos que aqui mostro (acima, os 10CC I’m Not In Love, abaixo Joe Dassin L’Été Indien) vivem de arranjos de estúdio, e não faz qualquer sentido que os seus intérpretes apareçam a cantá-las ao ar livre com uma sonoridade que só seria possível se estivessem rodeados daquelas campânulas de vidro, mas invisível…

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