08 novembro 2009

OSSO BUCO

A receita pode ser lida aqui. Se apreciado em família já é um prato de arromba, então em companhia de amigos deixa de haver adjectivos para o qualificar. Que me desculpem o carácter telegráfico deste poste mas demora tempo a preparar e tenho de o ir fazer…

9 comentários:

  1. Ena que saudades. Quantas vezes comi isso no Caracol, do Bairro Alto. Restaurante onde eu entre a dizer "desta vez vou ter mesmo que comer peixe", acaba sempre por me pôr a comer carne se tiver osso buco! Fazê-lo é outra coisa... Mas agora que tenho a receita, já não tenho desculpa.

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  2. Segundo uma classificação da sociedade que Marx não chegou a contemplar, ela desdobrar-se-á entre a classe dos que apreciam comer e os que podem comer qualquer coisa; e entre a primeira há a vanguarda esclarecida, constituída pelos que se dispõem a cozinhar os pitéus de que gostam e os outros, os que os comem quando há no menu. Desculpar-me-á António Marques Pinto mas, se esteve à espera este tempo todo até arranjar uma receita de osso buco, é porque não tem consciência de classe...

    Fica a intenção dos votos que, dada a hora a que escreve, Maria do Sol, é mais Boa Digestão. Para todos.

    ;)

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  3. Não haverá caminho mais acertado para chegar a uma conclusão falsa do que partir de uma premissa errada, como sabe. Na verdade eu sei qual é a minha condição de classe - na classificação marxista: sou burguês. Mais lhe digo: eu até gostava de ser rico para ir mais vezes aos restaurantes.

    Aproveito para pedir desculpa por ter estado este tempo todo para... arranjar uma receita.

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  4. Desculpar-me-á, mas quem está a partir de um pressuposto errado é o António Marques Pinto.

    A classificação da sociedade que eu adiantei não vem do marxismo mas do teixeirismo e o livro de referência não é "O Capital" antes chama-se "A Comezaina".

    Embora utilize conceitos comuns, como o de vanguarda esclarecida, substituída no caso por cozinheiro(a) dos pitéus, a submissão faz-se, não à ditadura do proletariado, mas à ditadura das análises, e o colectivo dirigente não é o comité central, mas os indicadores do colesterol e dos triglicéridos.

    Contudo, o teixeirismo, como o outro, também é muito científico. Ah, e as auto-críticas revolucionárias como a sua, também são apreciadas. Mas não se diz "burguês", diz-se "mero apreciador de faca e garfo". E isso torna difícil a sua admissão como militante...

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  5. O osso buco é um prato que, na cozinha, é uma dor de cabeça e um exercício difícil da arte de bem "cavalgar" recipientes e bocas de fogão... com uma boa dose de paciência.
    Banido dos nossos pratos pela doença das vacas loucas, só o facto de estar de regresso, já é de festejar. Se esse regresso inclui amigos, então é memorável e só pode resultar num sucesso retumbante.

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  6. Não me admite como militante. Será porque a minha quota não passaria de um vulgar Monte Velho? Ou porque sabe que eu tenho problemas com os núcleos duros? Mas afinal o osso que dá nome ao prato é, também aqui, o que todos devolvem à cozinha.

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  7. Eu não o admito como militante?

    Mas quem sou eu que não passo do ideólogo da "coisa"?

    E o que é a importância de um mísero ideólogo quando comparado com uma Comissão de Controlo e Quadros numa organização verdadeiramente marxista-leninista, perdão, teixeirista-improvisista?

    Se só traz o vinho, e não contribui para a promoção da verdadeira revolução na panela, resta-me sugerir-lhe António Marques Pinto a militância numa organização de líquidos, um partido satélite, um MDP desta grande causa...

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