17 agosto 2009

PORQUE É QUE O SACRO IMPÉRIO NÂO PODIA SER ROMANO E GERMÂNICO SIMULTANEAMENTE

Tanto a estrutura feudal como a organização política (baseada na monarquia electiva) sempre me fizeram considerar que o Sacro Império Romano Germânico (mapa acima) foi mais uma ideia do que uma entidade política consequente. Para mais, quando o conjunto dos povos que o integravam era tão díspar, a começar pelas distinções nítidas entre os que habitavam a Sul (o Romano do título) e a Norte dos Alpes (o Germânico). E uma forma engraçada de que me lembrei para podermos constatar isso aqui num poste deste blogue é através de duas diferentes interpretações musicais.

A peça musical é famosa e familiar aos ouvidos de todos, especialmente depois de popularizada pelo filme Apocalypse Now: trata-se d´A Cavalgada das Valquírias de Richard Wagner que seria, existisse ele ainda na época, um destacado membro germânico do Império. Assim se compreende como, na comparação entre duas interpretações dessa mesma peça, a do famoso maestro germânico Wilhelm Furtwängler (acima), nos soe, mesmo aos nossos ouvidos leigos, muito mais genuína do que a do não menos famoso e seu contemporâneo, o maestro romano Arturo Toscanini (abaixo).
Parece que, nesta segunda cavalgada, os cavalos pousam as suas patas com muito mais suavidade...

3 comentários:

  1. Que forma singular e, contudo, tão eficaz de demonstrares um ponto de vista...
    "Cabecinha pensadora...."

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  2. Donagata! Seja bem reaparecida!

    (Tumba! Dois pontos de exclamação em desafio aos laparotos que os querem extinguir.)

    Por que algerozes tem a senhora andado?

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  3. Eu apareço. nem sempre comento.Não sei. Venho para aprender. Além disso, já disse várias vezes, tenho alguma dificuldade em acompanhar a tua pedalada. É que sou uma senhora de idade... E, além disso, com alguns afazeres...

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