31 março 2009

OBSCENIDADES

Aqui há coisa de um mês foi notícia e pretexto para indignações exuberantes aqui na blogosfera(*) a apreensão de cinco exemplares de um livro que tinha por capa o quadro abaixo durante a realização de uma Feira do Livro em Braga. A história seguiu o seu curso, a Direcção Nacional da PSP assumiu embaraçada a faceta de broncos dos seus quadros bracarenses, assim como a promessa da devolução dos livros ao proprietário, e o assunto desapareceu do interesse público e publicado.
Hoje, mais de um mês passado, no Correio da Manhã leio uma notícia que me informa que, afinal, os cinco livros ainda não foram devolvidos ao proprietário… Dando esta notícia por verdadeira, confesso-vos que é nestes momentos que me faltam palavras, em que se consegue perceber, de uma penada, o que é ser-se Incompetente com I maiúsculo, em que se me dá uma profunda vergonha de ser português, e esta última é coisa de tal forma sentida que nem a evocação de Cristiano Ronaldo a consegue diminuir

(*) – Houve 137 ligações de blogues só à notícia do Público

5 comentários:

  1. Caro A Teixeira: subscrevo e assino por baixo.

    No entanto impõe-se a pergunta: alguém será responsabilizado? Demitido? Ter que prestar explicações?

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  2. ...e xe... os livres xá forem queimades... num aute-de-fé?

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  3. Tratou-se de uma nova oportunidade de recuperar velhos hábitos, agora que o país já se pode afirmar como Mestre na gestão de buracos...

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  4. Vou apostar que, se a notícia for verdadeira, as coisas se passarão mais ou menos assim:

    Segundo o regulamento, a PSP não devolve mercadoria apreendida, mesmo que ela tenha sido mal apreendida, mesmo com uma desautorização pública da Direcção Nacional e a promessa pública desta última da sua devolução.

    Como tal, na prática, se o livreiro quiser mesmo os livros, terá que se deslocar à esquadra e preencher o impresso _____/__ (a preencher por quem saiba) para que possa levantar os livros.

    Como o livreiro acreditou no que veio escrito na imprensa (como se fosse sempre fidedigno...) onde a Direcção Nacional da PSP empenhara a sua palavra que devolveria os livros, está à espera que ela a cumpra (o que nem sempre acontece...) e se faça obedecer pelos subordinados de Braga(o que acontecerá ainda menos...).

    Claro: tudo isto pode não passar de ficção...

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  5. A proibição pode ser legítima ou não dependendo se é uma questão de (est)ética.

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