16 janeiro 2009

NÓS, OS PORTUGUESES

Para além de outros também muito interessantes, um dos aspectos colaterais que a polémica à volta da escultura do checo David Cerny (veja-se o filme acima) ajudou a reavivar foi a das imagens estereotipadas que os países europeus têm uns dos outros. Como gosto de BD, fui recuperar uma cena de um velho álbum de Astérix chamado O Domínio dos Deuses, onde Goscinny e Uderzo puseram numa cena o representante dos escravos lusitanos a oferecer-se ao centurião, dada a falta de jeito para cantar (?), para lhes recitar qualquer coisinha…
Penso que a alusão/piada será ao facto de sermos um país de poetas… Enfim, como acontece com a escultura de Cerny, como piada, esta não se conta entre as mais conseguidas da obra do genial Goscinny… Mas o que me interessa agora especular, considerado o frenesim ridículo que agora acompanha a figura Cristiano Ronaldo, não é a maneira como nos vêem, mas a maneira como gostaríamos de ser vistos. Ou seja, adaptando a figura da cena acima, Uderzo rapar-nos-ia os bigodes e, em vez de recitar, oferecer-nos-íamos para dar uns toques de bola?...

3 comentários:

  1. Isto, para já não falar da inefável mamã do craque que foi distinguida por uma associação de empresárias madeirenses. Porquê? Boa pergunta.
    Por resultados humanos- é a explicação.
    Não me perguntem o que é isso de resultados humanos.
    A mana Ronalda, por seu lado, é uma vedeta pop.

    Será que os burros somos nós?

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  2. É preciso é ter fair play, ou será que o dito é mesmo uma treta?...

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  3. Penso que não seremos burros, mas havia um quadro do do programa do Jô Soares onde ele aparecia maquilhado de palhaço e, a certa altura, acabava por dizer:

    - Eu tenho nariz de palhaço, chapéu de palhaço, boca de palhaço, mas não sou palhaço: ESTÃO-ME FAZENDO DE PALHAÇO...

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