20 novembro 2008

SE FOSSE HOJE, TONICO BASTOS SERIA UM CASO PROMISSOR NA POLÍTICA?

Quem se lembrará da figura acima, que foi uma criação do actor Fúlvio Stefanini para a telenovela Gabriela, no papel de Tonico Bastos, o filho mais novo do Coronel Ramiro, o potentado local da cidade de São Jorge dos Ilhéus na Bahia? Observem-no e recordem-no, apenas esqueçam aquele retoque do pente e do bigode, e concentrem-se no descair das bordas dos olhos, em pose que acentua o ângulo das sobrancelhas e sugere sofrimento; recordem por sua vez a voz colocada alguns tons abaixo da natural, num ritmo melódico que era sempre o mesmo, independentemente do assunto de que estivesse a falar. E depois perguntem-se se o estilo não vos faz lembrar (em sério) outras figuras mais recentes do nosso panorama político nacional?
Muito recentemente, a propósito da questão da avaliação dos professores, António José Seguro (acima) reapareceu, para nos recordar como há uma outra Oposição, além daquela que tem sido (mal) desempenhada por Manuela Ferreira Leite, enquanto Pedro Passos Coelho (abaixo) continua a andar por aí, fazendo-nos lembrar da existência de uma outra Oposição à Oposição, para além da que tem sido (bem) desempenhada por Augusto Santos Silva. Quem ainda se lembra, sabe que a história de Gabriela se passa na Ilhéus da década de 1920. Mas se ela fosse transposta para a actualidade, 80 anos depois, o enredo tinha que ser todo mudado e, pelas amostras anexas, o mais promissor sucessor do Coronel Ramiro seria o seu filho mais novo…
É que os jagunços já são poucos, ainda por cima já não podem usar armas, e há muito quem esteja convencido que o caminho para o sucesso político passa agora por cativar as meninas do Bataclan

1 comentário:

  1. Um velho quando era jovem e dois ex-jovens com tiques de velho.
    Vou pelo primeiro.

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