15 julho 2008

O PAR

Hoje, muito discretamente, o Ministério da Defesa emitiu uma nota a respeito da cerimónia do lançamento à água nos estaleiros em Kiel, na Alemanha, do primeiro dos dois novos submarinos da classe U-214. Segundo ela, no elenco presente na cerimónia contava-se o Ministro da Defesa, os Chefes do Estado-Maior General das Forças Armadas e da Armada, três deputados (do PS, PSD e CDS/PP), membros da Comissão Parlamentar de Defesa, o Presidente da Assembleia da República e a esposa, que foi a madrinha do navio. Só lá faltou Paulo Portas, a pessoa que mais instintivamente associamos àqueles submarinos e que, não fossem as tradições sexistas, mais directamente conceberíamos como um merecido padrinho de um deles.
Em contraste, o governo actual tem mostrado um entusiasmo muito diminuto com a aquisição daqueles magníficos equipamentos de defesa, especialmente depois da descoberta que a contabilização para o deficit orçamental dos 800 milhões de euros que eles irão custar terá que ser feita globalmente no ano de aquisição (2010) e não poderá ser diluída ao longo do período de pagamento da operação de locação financeira, como inicialmente se pensara. Conforme se lê nas notícias, do gabinete ministerial informa-se que está actualmente em estudo o modelo de financiamento da aquisição com o Ministério das Finanças, explicação que, depois de descodificada, poderá corresponder à expressão à procura da quadratura do círculo

2 comentários:

  1. Talvez se pudesse pensar desde já em revendê-lo. Em 2010 já deve valer bem uns mil milhões... Para alguma coisa há-de servir a inflacção.

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  2. Apesar das regras da inflação não se aplicarem, infelizmente, a estes casos, ora aí está uma ideia sua que não apostaria já não tivesse sido pensada por Nuno Severiano Teixeira, Teixeira dos Santos e... José Sócrates.

    Haja ele compradores...

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