07 novembro 2007

A NOTA DO PEJÓ

Há modalidades desportivas que, mesmo que as considere desportivas, não as considero aptas a serem modalidades de competição. Isso, porque como acontece, por exemplo, com a ginástica, os saltos para a água ou a patinagem artística, os resultados dependem exclusivamente da classificação que é atribuída por um júri. E um júri é humano e falível. Muito falível. Nunca se consegue abstrair de quem está a dar a nota.

A explicação que essas classificações dependem sempre de critérios rigorosos caducou no dia em que, no Colégio Militar, o Quim cravou o Pejó (um crack em ginástica!) para lhe fazer o exercício de paralelas: o Pejó lá foi, apresentou-se com o número do Quim, esmerou-se, fez pinos, rectos, até agudos, e no fim foi recompensado com um 13… O mesmo Pejó, na sua vez, com o mesmo exercício, recebeu 18…

Ontem, houve uma espécie de debate entre José Sócrates e Pedro Santana Lopes no Parlamento. A que eu assisti pela televisão. Hoje há uma espécie de opinião dominante na comunicação social sobre o que ontem se passou que não tem nada a ver com a minha. E já reparei, aqui na blogosfera, que há mais, entre os que considero mais soltos, que também não afinam pela nota do júri

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