07 setembro 2007

HAKA

Agora que se vai iniciar o Campeonato do Mundo de Râguebi, vem a propósito falar do Haka, um espectáculo dentro de outro espectáculo. Trata-se de uma dança guerreira executada pela equipa neozelandesa no centro do campo, diante dos adversários, antes do jogo se realizar. Foi um ritual importado directamente do folclore maori, os polinésios que habitavam a Nova Zelândia antes do povoamento por europeus do século XIX.
Como o râguebi se tornou um jogo muito popular entre as nações polinésias do Pacífico (onde existem frequentemente pessoas com a compleição física ideal para o praticar), também elas adoptaram cânticos guerreiros semelhantes ao Haka, como sejam o Cibi de Fidji, o Siva Tau de Samoa ou o Sipi Tau de Tonga. Quando duas destas selecções se defrontam e se põem a executar o seu cântico simultaneamente o resultado é impressionante: veja-se aqui, no último mundial, Nova Zelândia versus Tonga…
Fica para o fim o esclarecimento da dúvida por quem vou torcer neste Mundial. À selecção portuguesa cumpre-lhe a enorme missão de se bater com dignidade e não perder por muitos, que este não é um desporto propenso a muitos milagres*… As razões históricas, de que já falei aqui num poste anterior, levam-me a torcer pelo País de Gales (acima), mas as razões estéticas, de que falarei num poste futuro, levam-me a torcer pelos All Blacks da Nova Zelândia (abaixo). E a razão diz-me que devia ser mais estético que histórico…
* A Espanha, por exemplo, na sua única participação em Mundiais (1999), perdeu por 27-15 com o Uruguai e depois enfardou 47-3 da África do Sul e 48-0 da Escócia. Nota adicional de humilhação: tanto a equipa sul-africana (os Springboks) como a escocesa alinharam nesses jogos quase só com reservas… Mas há quem tenha perdido 142-0 (Austrália – Namíbia) e 111-13 (Inglaterra – Uruguai), ainda no último Mundial de 2003…

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