11 novembro 2006

007, 30 Conspirações, 200 Redes e 1600 Suspeitos

Há quem lhes chame por serviços secretos, outros por serviços de informações e agora, mais recentemente, tem estado muito na moda o anglicismo serviços de inteligência, um sinal de falta da dita por parte de quem o emprega, sendo tão fácil consultar o significado da palavra num dicionário de português...

Mas todos aqueles serviços que funcionam para regimes democráticos sempre se debateram e debatem entre a contradição de terem de agir secretamente por um lado, e de precisarem de prestar contas a quem tem esse direito por outro, quer pelos recursos que requerem, quer pelos resultados que venham a apresentar.

Fosse no saudoso tempo da guerra-fria, tudo seria mais fácil, um recreativo filme de James Bond, o 007, ou um mais denso, de John Le Carré, predispunha logo o parlamentar mais renitente para uma disposição tendente a compreender a necessidade de não deixar os russos levar a taça. Mesmo que os fundos fossem para outros destinos bem mais pacíficos.

Mas agora, mesmo com os atentados atribuídos à Alcaida, e talvez pelo descrédito que caiu em cima de quem a invoca em demasia e a despropósito (Bush & Cia.), vemos o gesto inédito da directora do MI5 britânico, Eliza Manningham-Buller, vir a palco publicitar-se e às missões do serviço que dirige.

E, atendendo ao título (Uma ameaça terrorista de 200 redes e 1600 suspeitos) e conteúdo da notícia do Público, há hábitos que parecem nunca morrer na organização a que desde sempre pertenceu 007: parecem continuar a gostar imenso de números, de cifras e, se calhar, de mensagens encriptadas...

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