10 maio 2006

LEGIÃO PORTUGUESA

A Legião Portuguesa (de que se mostra o estandarte aqui à direita) era uma daquelas organizações que, criadas pelo Estado Novo nos anos 30 e adequadas ao espírito da época em que foram criadas, se deixaram perdurar, por inércia, durante os quarenta anos seguintes até ao estado vegetativo em que se encontravam a 25 de Abril de 1974.

A Legião devia parte da sua notoriedade aos gritos de guerra empolgados que os seus legionários soltavam no decorrer dos exercícios. Assim à pergunta do chefe:

- Legionários! Quem vive?
Deviam soltar três urros em uníssono: - Portugal! Portugal! Portugal!
- Legionários! Quem manda?
Novamente três urros: - Salazar! Salazar! Salazar!

A minha memória foi desenterrar esta história a propósito desta notícia, em que o Wall Street Journal se retracta da notícia que havia publicado sobre as remunerações excessivas dos administradores do BCP. Nesta disputa que se está a travar por causa da OPA que o BCP pretende lançar sobre o BPI, parece não haver dúvidas sobre quem está a levar vantagem na disputa mediática.

Conjugando-a com a proto-história política de Paulo Teixeira Pinto, hoje à frente do BCP, dá mesmo vontade de a adaptar:


- Funcionários! Quem manda?
-
BCP! BCP! BCP!

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