18 março 2006

CHAMEM O (UM) TINO!

Faz já uns bons anos – ainda o Eng. Guterres tinha de fingir que decidia, imaginem lá! – quando o PS teve um Congresso que estava a decorrer soporífero, igualzinho ao do do PSD deste fim de semana.

Subitamente, a malta das notícias lá se entusiasmou porque um moço, labrego de aldeia de um tipo quase extinto, aparece a fazer um discurso a meio caminho entre o sério e o burlesco, culminado com um abraço entusiasmado ao camarada António Guterres, em que este ficou com os dois pés no ar!

Estava salvo o Congresso mediaticamente, porque em termos programáticos, de estatutos e de liderança a imagem do PS para o exterior foi a da paz podre, até ao meio minuto final que antecedeu o anúncio da sua demissão por Guterres.

Quando ouço os jornalistas televisivos encarregues da cobertura das trivialidades a queixarem-se que este Congresso do PSD está mortiço porque, para eles, a ausência de Pedro Santana Lopes – e a sua canção menino guerreiro... – faz-se sentir, ocorre-me a hipótese de se poder arranjar uma boa notícia recorrendo a um outro epifenómeno do mesmo género do Tino. O XXVIII Congresso do PSD ficaria salvo!

Só espero é que este hipotético Tino do PSD não seja levado tão a sério quanto o original. Constou que houve pessoas de responsabilidade e de maturidade dentro do PS – por exemplo, Almeida Santos, seu actual presidente – que chegaram a promover a ideia da inclusão do Tino em lugar elegível para deputado à Assembleia…

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